terça-feira, 24 de agosto de 2010

Crônica

Era 2004 e eu recebi um telefonema meio estranho. Carlos Fialho me chamando pra uma reunião. Tinha uma idéia pra me contar. Éramos então não mais que meros conhecidos. Em comum, apenas alguns amigos. Pensei sinceramente: o que esse playboy quer comigo? Mal sabia eu que Fialho não era playboy. E estava falando sério quando dizia que tinha uma idéia.


A tal idéia se chamava Jovens Escribas. E a tal reunião foi entre eu, ele e Daniel Minchoni (Thiago de Góes, do qual dizíamos que era um amigo imaginário de Fialho, só apareceu de verdade algumas semanas depois). Esmiuçando a idéia: ele queria se reunir conosco para criar uma coleção de quatro livros, cada um assinado por um de nós. Topamos.

E então foi pesquisar sobre leis de incentivo, papel pra livro, tipos de capa, formatos, distribuição. No meio do caminho, percebemos que aquilo que estávamos fazendo poderia ser maior. Poderia ir além de uma coleção de quatro livros. Poderia ser algo realmente grande. A maior coisa que todos nós já tinham feito na vida.
Assim, marcamos uma reunião na AS Livros. Chamamos todos os amigos, colegas e conhecidos que sabíamos que escreviam. Estavam presentes umas 30 pessoas. Falamos sobre a idéia de começar a publicar autores inéditos, de mudar a forma como se consumia literatura no RN, de ir além. Alguns acreditaram, outros não.

Pois bem, a idéia maluca está completando 5 anos. E foi coroada com o lançamento de “Mano Celo”, terceiro livro de Carlos Fialho e décimo livro do Jovens Escribas. A coleção de quatro exemplares virou selo literário. Já fomos pra grandes eventos de literatura, já lançamos livros em São Paulo, já percorremos muito chão. Abaixo, você tem um vídeo que conta um pouco dessa história. E se um dia um playboy te ligar com uma idéia maluca, pare pra ouvir. Pode mudar sua vida.


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